quarta-feira, 16 de junho de 2010

uma carta de um tempinho atrás SAUDADES VITINHO....

"*Intimidade...

... a dimensão pessoal que abrange as vivências, a história pessoal, a comunicação e os estados humorísticos das pessoas, ou seja, tudo o que se refere ao ser humano como ser individual. ... a dimensão relacional relacionada com os envolvimentos interpessoais, a relação, ou seja, tudo o que existe num contacto com outro objeto ou pessoa.

Diego,
antes de mais nada, a noite de sábado foi muito agradável. Talvez se continuássemos no Talatona, tivéssemos derramado mais confissões, estórias, experiências, vida. Mas aconteceu como tinha que ser.
Nossos encontros têm sido extremamente interessantes. É bom se relacionar com pessoas transparentes, verdadeiras, humildes. É sentir o gosto da inocência e ver o brilho nos olhos cheios de esperança, mostra que você ainda não perdeu o seu lado infantil que vive equilibrando toda a maturidade precoce que você adquiriu ao longo dos seus 24 anos e meio de vida.
Eu realmente não imaginava que eu ouviria tanta coisa boa, forte, triste, alegre, engraçada, vinda de você. Talvez porque eu prefira – hoje – não criar muita expectativa em torno de pessoas ou situações – ainda que essa minha atitude de te escrever e falar sobre a nossa experiência de sábado seja um contra-senso a essa máxima. Mas agora já posso, porque você realmente me surpreendeu.
Quando eu te notei, pela primeira vez no refeitório, numa das suas olhadas desconcertantes – rs – eu percebi sinceridade no seu olhar, até mesmo pelo simples fato de você me olhar, o que não é muito comum nesse ambiente machista e hipócrita – e por isso eu tive a certeza de que eu devia me aproximar, não sabia como, mas eu daria um jeito. Sábado eu comecei a ter uma idéia disso: do quanto eu aprendi com as nossas conversas; hoje, do quanto eu quero absorver de tudo o que falamos e o quanto ainda quero ouvir.
Eu também fiquei super orgulhoso por saber de todas os momentos duros que você enfrentou e das escolhas que você fez. Escolhas certas que fizeram você chegar até aqui onde você está hoje. Realidade dura, diferente, longe da família, dos amigos, dos amores, mas com uma oportunidade que poucos têm e que dos poucos que têm, muitos não a vivem em sua plenitude, não demandam o máximo do que ela tem a oferecer, não só profissionalmente, mas principalmente pessoalmente, pois é o seu caráter e a sua personalidade que vão construir a sua vida profissional, amorosa, whatever. Foram eles que te orientaram nas suas escolhas.
Também tenho certeza que esse é um grande começo de um longo caminho em que você ainda vai encontrar muita dificuldade, mas como você já sabe que toda a dificuldade que você encontrou fez de você uma pessoa melhor e mais forte, vai saber lidar bem com isso. Mas vai encontrar também muitas alegrias, experiências boas, amigos, os anjos da guarda, muita prosperidade, muito amor, porque você também é apaixonante – agora eu entendi o que você quis dizer, a recíproca é verdadeira.
Eu não sou nenhum profeta, monge – hahaha – nem tenho essa experiência toda porque estou aqui há mais tempo que você. É o que eu disse acima, o tempo não significa nada quando você não se doa, não dedica a atenção necessária à sua experiência e como já dizia Shakespeare: “maturidade não significa quantos anos você tem, mas o quanto de experiência você já teve”. No entanto eu achei que não podia deixar passar em branco que eu realmente achei muito agradável conversar com você e compartilhar da sua intimidade*. Isso hoje em dia, e infelizmente aqui, não é uma coisa comum: ser transparente. E eu tenho certeza de que ler o que eu estou te escrevendo pode até não te fazer o bem que eu gostaria que fizesse, mas mal nenhum vai fazer. Então eu durmo tranqüilo.
Eu espero que tenhamos outros inúmeros momentos como aquele, principalmente como os no apto da Lilia. Não que as loucuras da festa não sejam legais, são sim. Mas o natural é mais justo. Que venham outras na rua, na chuva, na fazenda, ou numa casinha de sapê – ou em Paris, nos EUA, mas que tenhamos. E que possamos compartilhar sempre e cada vez mais a nossa intimidade, pra que a gente fortaleça a nossa alma. Afinal, nós somo espíritos bons. E eu tenho certeza de que, ao contrário do que você diz, eu também tenho muita coisa boa pra aprender contigo. Temos muita coisa boa pra trocar.
Têm sido muito bom ter você por perto.
Fica bem!
Forte abraço.
Víctor Rodrigues de Lima" - algum dia em 2008

Vitinho, um dos melhores amigos que tenho, um cara bacana, que bem dizer me salvou da loucura muitas vezes durante ,inha passagem em Angola, umc ara que tenho orgulho de fazer parte da vida, de ter carregado essa AMIZADE tão especial, atravez de um oceano inteiro.....saudades imensas, logo que der to aí no RIO, pra gnte trocar muitas outras cartas.......

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