quinta-feira, 29 de outubro de 2009

TRIP Adventure´s pela Africa

Tá ligado quando você tem uns oito, nove anos de idade, e o máximo que você pode ficar na sala até tarde é na sexta feira a noite, pra ver o Globo reporter, porque seus pais consideram um programa educativo? Pois bem, educativo ou não, acaba que apareceia umas coisas interessantes, e sempre gostei quando o tema era lugares inospitos, animais selvagens, assuntos referentes a natureza.
Agora chegou a minha vez de fazer meu "globo reporter". Quando eu nunca mais brinquei de Indiana Jones, quando eu nunca mais assisti o tal do programa, vem a vida e dá uma chance de ter minha grande e exótica aventura. Vo cruzar Angola, país onde moro atualmente, de ponta a ponta, até o país vizinho, a Namibia. Parece algo simples né, se a gente desconsiderar que estou falando do continente africano, onde tudo é muito mais complicado que o normal, acreditem, eu sei bem do assunto, já to por aqui faz um ano e pouquinho....enfim, paisagens exóticas, desertos, savanas, animais selvagens, tribos nativas, praias inexploradas, cachoeiras fantasticas, é um pouco do que espero ver nessa TRIP. To animado, empolgado, um friozinho na barriga rola né, existe um risco, mas olha, espero escrever mesmo na volta e contar realmente como foi a Grande TRIP ADVENTURE da minha vida, pelo menos até agora. ....
Bom feriado a todos......e boa viagem pra mim e minha turma......





domingo, 25 de outubro de 2009

saudades da Terrinha...

Terrinha


Já me disseram que o mundo é grande
E que também preciso conhecer lugares novos
Que preciso cortar laços
Pra poder ser feliz

Já me disseram que tem muito coisa pra se ver
E que preciso voar sempre por aí
Pra treinar o desapego
Pra poder ser feliz

Mas eu sei que a Terrinha é pequena
Que é um lugarzinho entre vales e plantações
Mas me faz sorrir
E me faz viver

E eu sei, que é ali que sou feliz,
Mesmo que não veja o mundo inteiro
E nem passeie de avião
É lá que me faz viver

Terrinha que carrego o cheiro
Terrinha que carrego as cores
Terrinha que carrego sons
Terrinha das pessoas que amo
Terrinha que me faz viver...

Terrinha.... Pedregulhooooooooooooo


Diego R. Kibim - Luanda algum dia de julho de 2009

sábado, 24 de outubro de 2009

Coisas Exótericas

Coisas exótericas me passam na cabeça,
vou logo dizendo antes que eu me esqueça
Coisas bem malucas como te AMAR, TE AMAR, TE AMAR...

Sentimento louco Amor bem profundo
Acho que vou desligar-me desse mundo
antes que enlouqueça esse meu Coração...

 A minha cabeça está virada
Fico louco pela madrugada
a procura de alguém um ombro pra chorar
Só por seu AMOR, seu AMOR, seu AMOR...
Sentimento louco Amor bem progundo
Acho que vou desligar-me desse mundo
Antes que enlouqueça esse meu coração!

Essa musica é especial de mais pra mim...
a dupla que canta também é sensacional..recomendo - Maria Cecilia e Rodolfo....

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Curso de Pedreiras - RESGATANDO A DIGNIDADE

Como já sabem, faço parte de um projeto de voluntariados aqui em Angola, dentro da empresa onde trabalho. Há duas semanas, comecei um novo programa, que se chama "Resgatando a Dignidade", que nada mais nada menos, treinar mulheres que nunca trabalharam, para serem Pedreiras. Isso mesmo, irão começar na Construção Civil e daí por diante, depois de aberta essa porta, tenho certeza que irão deslanchar.
Comecei com aulas teóricas, um total de 13 alunas. Algumas levavam até os bebês no curso, porque não tinham com quem deixar. Enfim, agora elas estão começando essa semana as aulas praticas, ta sendo megabacana. Me sinto muito grato, por de alguma maneira tá fazendo algo por esse povo tão sofrido e ao mesmo tempo cheio de vontade. A esperança delas, é meu combustivel. farei um novo post sobre "minhas alunas".
:)


Personagem - A Ultima Festa

Tássia Leão: a primogênita do casal, Silvana e Dário. Tem exatamente a idade do casamento dos pais. Beleza misturada de ambos,é dona de uma personalidade dura, sagaz, amadurecida, sendo que desde nova esteve ao lado do pai, aprendendo a cuidar do que um dia seria seu e de seu irmão. A primeira a desconfiar dos negócios escusos do tio, acaba batendo de frente com ele. É a protagonista da trama. Fissurada por jipes, sempre esta em volta com sua turma fazendo trilhas indo em busca de emoções nas matas que cercam a propriedade da família na divisa com a Bolívia. Vai amar o jovem Guido, a quem conhece brigando. Nada mais contraditório.


“_ Não faça isso! Leve o que quiser! – aquele estranho estava parado ao lado da porta do carro dela, e apontava uma 765 diretamente pra sua cabeça.
_ Desça do carro! – ele ordenou.
Aos olhos de Tássia, aquele estranho não era um homem, mas sim um gorila "branco", enorme e monstruoso. Mesmo lutando contra seus instintos ela tentou manter a calma e resolver a situação. Mal imaginava que não tinha jeito. Brutus, capanga de Nestor, e estava ali para cumprir ordens.
_Leve o carro, leve tudo, a bolsa, relógio, tudo... - Indiferente aos comentários ele ainda continuou com a arma apontada para a moça, enquanto essa descia do veiculo.
_ Vamos garota! - e antes que ela percebesse, ele a segurava firmemente pelo braço indo até a camionete preta, com o qual tinha feito a abordagem.
Tássia, num primeiro impacto se desesperou.
_ Por favor, não. Deixe-me ir, leve o carro, dinheiro, bolsa, tudo, mas me deixe, por favor! – inutilmente ela se debatia e tentava se desvencilhar do grandalhão.
_Cale-se, não me aborreça, vamos entre aí! - ele foi ríspido. O compartimento de carga da camionete já estava aberto.
No fundo da sua mente, Tássia começava a entender o que estava acontecido. Era um seqüestro, premeditado, planejado, e logo seus pensamentos foram em direção ao tio e Romero, tinha certeza que isso tinha dedo dos dois, pela relutância do pai em fazer os transportes daquele boliviano que no momento ela não lembrava o nome.
_ Por favor, não faça isso, posso te dar o dobro de dinheiro. Quanto eles estão te pagando, por quanto meu tio te comprou? – agora ela já não tinha medo mais, sabia que morta não valeria nada, iria persuadir seu seqüestrador.
_ Calada, já disse. Nem tudo é por dinheiro garota! – essa resposta foi como um golpe para ela, mesmo assim insistiu:
_ Então me fale o que eles te dão, te dou em dobro, vamos fale! – ela mais exigia do que conversava - O que meu tio está te dando em troca disso tudo?
_ Não conheço nem um tio seu garota. Agora chega de conversa e entre no carro. – e dizendo isso jogou ela lá dentro.
Impetuosamente ela voltou, e se agarrou a ele, segurando seus braços, e olhando diretamente em seus olhos.
_ Fale, o que quer, talvez... mulheres. Isso mesmo, um homem como você, deve gostar de mulheres novas, e lindas... – nesse ponto ela apelou para a sedução, e embargou um pouco a voz – podemos negociar, arrumo quantas quiser, ou até... – e provocante ela começou a deslizar a mão pela virilha dele.
Brutus parecia um pouco inebriado com tudo aquilo, e nem percebeu que era um jogo, e estava caindo na dela.
_ Então, um homem como você, poderia me fazer sentir mulher... – sorrateiramente ela começou a sussurrar no ouvido de seu algoz, e sem esperar reação, cravou-lhe os dentes. Tão forte foi a mordida que o sangue jorrou imediatamente.
Urrando de dor, Brutus demorou a voltar a si, e perceber que Tássia corria. Sacando a arma sem hesitar, ele atirou na perna dela.
Foi certeiro, ela caiu já a uns bons metros longe dele. Também chorava de dor. Agora sim o medo e o pânico se instalaram nela.
_ Esse foi seu erro garota. - ele olho-a nos olhos, e logo em seguida deu uma coronhada na cabeça, que a fez desmaiar. Tássia desacordada, mal sabia que o pesadelo estava apenas começando.”

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

comi CATACO!!!

Olha, comi mesmo pra experimentar..e não gostei, mas o fato é ter a coragem de levar o bicho (inseto) até a boca.
Cataco, é uma especie de madruva angolano, uma lagarta. Prato tipico desse povo, é considerado comida de guerra, pra um bom entendedor, na falta do que comer, qualquer coisa servia.
Agora posso dizer que já provei de tudo um pouco, ou pelo menos quase tudo....

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Poema - "Saudades"

Saudades...
Saudades é ter, e não perder;
Saudades é certeza de que valeu a pena e não foi em vão;
Saudades é saber que alguém nos espera...na volta;
Saudades é verão a espera do inverno, outono na busca da primavera;
Saudades é noite de lua cheia, e amanhecer com sol;
Saudades é ouvir aquela musica, e viver tudo novamente;
Saudades e gargalhadas que surgem de repente, e nos alegra o dia;
Saudades é fotografias, que nos enchem de lagrimas boas;
Saudades é recordação intensa e infinita;
Saudades é estar aqui, mas mesmo assim tambem estar aí;
Saudades é controle sobre o medo de perder;
Saudades é fortalecer o que já existe e é verdadeiro:
Saudades é fé, o poder de crer na esperança de um dia...;
Saudades é esperança de reeecontro;
Saudades é amizade, que dura pra sempre;
Saudades é desapego, de tudo que é demais;
Saudades é viajar em pouco segundos, apenas com o pensamento;
Saudades e reviver tudo e sempre;
Saudades é prova de conquista;
Saudades é ter certeza absouluta de que nada se perde;
Saudades é imortalizar na alma;
Saudades é carencia, para que se possa conquistar mais;
Saudades é superação unica e e singular;
Saudades é sonhar e acordar simplesmente assim, feliz;
Saudades é lembranças daquilo que é bom;
Saudades e ter voce aqui comigo, mesmo estando longe;
Saudades é distancia fisica, e não da alma;
Saudades é um beijo inesquecivel, e a rodada de cerveja com os amigos;
Saudades é cheiro da comida da vovó e tambem dos carinhos da mamãe;
Saudades não é sofrimento, é redenção;
Saudades não perda, é aprendizado;
Saudades não é castigo, é paciencia;
Saudades não é distancia, é apenas o tempo;
Saudades não é angustia, é certeza do que se construiu;
E por fim saudades é Você daí, e Eu daqui, unidos apenas por um sentimento, o mais forte de todos...saudades é isso, SAUDADES É AMOR....apenas amor!
Diego Rodrigues Alves da Silva – Luanda – 13/11/08.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Maktub


MAKTUB - estava escrito!!!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Feliz Dia das Crianças

Sorriso de criança...



É agua pura e cristalina
Que corre sem saber pra onde
Que nada procura,
apenas se entrega!

É música aos ouvidos
Que dança todos os ritmos
Na inocência desaprendida
Que um dia será perdida!

É uma aquarela no mundo
Colorindo nossas almas
Contagiando nossos corações
Pintado a ultima esperança


É o brilho das estrelas
O calor de um abraço
Desabrochar da Primavera
O canto dos pássaros!

Sorriso de Criança

É aquilo que um dia tive
Que ainda queira ter
Que sei que existe

Mas só no fim..bem..talvez no fim
Eu tenha de novo!

Diego R. Kibim – 12/10/2009




sexta-feira, 9 de outubro de 2009

"vamos fazer uma VAQUINHA?"

O melhor jeito de começar isso aqui é rindo.
Ontem, enquanto eu dava minha corridinha diária, fiquei lembrando de quando ainda era um adolescente lá no interior de SP, na maravilhosa cidade de Pedregulho, e nessa época, começava a sair pra noite, cair na farra. Eu e minha turma , desde os mair ricos aos mais humildes, nunca deixamos de fazer nada que queriamos por falta disso ou daquuilo. bastava ter mais de uma pessoa com vontade e pimba, tava armado a festa. A gente se juntava, se organizava, e faziamos a chamada "vaquinha". Pois é, "vaquinha", que caso alguém não saiba é o seguinte: eu quero fazer uma festa, e meus amigos também, mas um só não tem grana suficiente pra bancar tudo, então, cada um ajuda com o que pode. Na época do grupo de teatro do Centro Espirita, quando a gente ainda nem bebia nada de alcool, os garotos davam os refrigerantes e as meninas os salgadinhos...o tempo passou e os refrigerantes viraram cerveja e os salgadinhos carne pro churrasco, ou frango pra galinhada. Sair de carro então, era facil, a tal da "vaquinha" não deixava faltar gasolina no tanque, e até mesmo quando um dos parceiros não tinha grana pra entrar em algum evento, a gente se juntava e pagava. Pois é, acho que isso é coisa de cidade pequena, e é muito bom, é prova de que lá as relações humanas são mais fortes e intensas... "não tinha tempo ruim", havia sempre as "vaquinhas" pra nos levar onde quisessemos......companheirismo que nunca vai ser perder!!!
SAUDADESSSSSSS...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Sinopse novela - "A Ultima Festa"

Como disse, gosto muito de escrever e tenho varios trabalhos, esse aí é um dos que mais gosto, e é um também dos mais ambiciosos...

Sinopse de “A Última Festa”

“... a chamas ardiam, tudo estava acabado, o grande império transformava-se em ruínas. Os Leões haviam perdido a coroa de reis. Não restava mais esperanças ao que estavam do lado de fora, e viam com olhos assustados o desenrolar de uma história que durou exatamente um ano... um ano.

Bombeiros, policiais, seguranças particulares, todos estavam em frente à famosa casa noturna Night Club’s, assistindo a grande perda. Lá dentro não restavam mais nenhum convidado, nenhum empregado ou garçom, ninguém além dos gêmeos mais famosos do país. Presos em armadilhas feitas por ardilosos inimigos, que agora também iriam compartilhar do doloroso fim. Como tudo tinha acontecido, ou o que tinha acontecido, para que a grande festa viesse a virar uma tragédia, ninguém sabia ainda. As interrogações e dúvidas era o preço pago por quem havia conseguido escapar ileso do fim iminente. Os familiares desolados do lado de fora se entregavam ao desespero. Os olhares mostravam tristeza profunda, como se aquilo pudesse apenas ser um pesadelo, da qual se acorda de repente, apenas assustados e nada mais.

Os bombeiros faziam o que podiam para conter as chamas, mas, era impossível, aquele também era o fim da casa noturna. As gigantes labaredas, e o intenso calor não tinham mais controles. Tentaram em vão uma busca dentro do recinto, mas nada, a fumaça da chamas era um veneno letal a qualquer pessoa.
A platéia do lado de fora era imensa, flash’s disparavam a todos instantes, não perdendo nenhum detalhe do que seria o “grande espetáculo”, espetáculo esse que encerrava um ano de tragédias, mistérios, e tristezas, tudo misturado a requinte, luxos, vaidades. Os jornalistas, fotógrafos, paparazzi’s, estavam eufóricos do lado de fora, loucos por uma brecha de comentários, declarações, que com certeza não teriam naquela madrugada.
Acima no céu limpo, a lua brilhava muito nítida, como se também de longe olhasse com pena ao que acontecia. A maioria dos convidados conseguiu sair sem lesões, apenas amedrontados, com expressões de terror. Os únicos realmente prejudicados éramos nós os familiares. O medo tomava conta da gente. Minha mãe estava desesperada, perdida. Meu irmão tinha ido embora, para ser poupado de mais sofrimento. Eu olhava direto para o Night Club’s, com vontade de ir lá e tirar meu pai daquele inferno, ou morrer junto com ele. Mas Guido não deixou cometer tal loucura e num ultimo esforço, ele mesmo tentou salvá-lo. A tentativa foi em vão. Quando os alarmes de incêndio tocaram, ele procurou meu pai em todos o cantos, mas não consegui encontrá-lo. Lutando pela própria vida, ele foi o último a sair do Clube.
Mas o destino foi mais rápido, e um “gran finalle” estava reservado.
Quando se acreditava que os dois haviam morrido, um deles saiu carregando o outro nos braços.
Veio como se fosse um anjo, as chamas em suas costas lhe davam a impressão de asas incendiárias. Ainda surpresos com aquela visão, os bombeiros e paramédicos correram até eles. Nesse meio tempo, o que segurava postou-se de joelho diante daquele público, e colocou o irmão no chão. Debruçando-se sobre o corpo a sua frente ele apenas chorou. A única certeza de que me dei conta naquele instante, era que um deles tinha morrido; ou meu pai ou meu tio!”

A Última Festa narra a história de dois irmãos, que são unidos tanto pela aparência física idêntica, quanto por uma “Promessa” que é valorizada até o momento final de ser cumprida, uma questão de honra e dignidade, valores humanos que estão se perdendo cada dia mais. Eles são gêmeos.

Dário e Demétrio Leão são herdeiros da maior empresa de transportes de cargas do país. Um montante de frotas de caminhões, aviões de carga e galpões de armazenamento, localizados na capital paulista e numa imensa fazenda na divisa do Mato Grosso com a Bolívia. Ficaram famosos e conhecidos no país pela divergente personalidade de ambos e logicamente a posição social que ocupam. Enquanto um é conservador, tem família, e comanda bem o andamento dos negócios, o outro, é mulherengo, baladeiro, deixando responsabilidades que chama de “maiores” para o irmão. Todavia, o que chama mesmo atenção de um pelo outro, é a união, e a trágica historia envolvendo a família. A mãe deles havia morrido no difícil parto de ambos, e seu pai, com muita luta e esforço, conquistou os primórdios o que seria hoje o grande império das Transportadoras Leão; cuidou dos filhos praticamente sozinho. Terrivelmente ele sofre um acidente de caminhão, juntamente com os filhos, mas ele vem a falecer.
Daí o legado ficou basicamente nas mãos dos dois, entretanto, Demétrio, por ser um tanto temperamental e desprovido de responsabilidade, confiou todas as decisões relativas à empresa ao irmão, aumentando assim a carga de Dário, que carrega já consigo uma grande promessa feita a seu pai no instante de sua morte, um fardo que somente ele sabe o quanto pesa.
A narrativa começa em uma paisagem melancólica de um dia comum, onde uma brisa suave balança as folhas das árvores, o canto dos pássaros é a única melodia. No grande casarão da fazenda “Pedra do Rei” Tássia esta sentada defronte a uma enorme janela (típica de casarões antigos), enquanto vai contando a história do que aconteceu com sua família no ultimo ano. Seu marido Guido está junto com ela. Acabaram de se casar, depois de tanta tragédia que envolveu a família da moça. O tempo de espera foi necessário. Nesse dia o casamento foi singelo e discreto, não tendo muitos convidados. Apenas uma cerimônia para marcar a união de ambos, que iniciariam deste ano em diante um recomeço de suas vidas. Aproveitando o embalo do momento de felicidade que compartilhava, ela finalmente decidiu contar sua história a impressa. Tão assediada havia sendo no ultimo ano, e sempre se recusando a falar; agora se sentia preparada.
Em sua face, temos a impressão de que ela envelheceu muito, seu semblante pesado, mas ainda com aquele olhar feroz e audaz. Ela fala olhando para fora do casarão, como se lesse um livro em suas mãos, mas o que realmente tinha era as nítidas lembranças dos últimos acontecimentos.
Durante essa entrevista, muda-se de cenário, mais ainda ouve a voz dela ao fundo, narrando os fatos.
Aí temos uma visão geral do que acontece: vê-se as cenas felizes dos familiares que ficaram logo após o casamento, também vê-se como as coisas continuam normal para aqueles que ficaram, também (um dos detalhes mais importante) nos fundos da propriedade a um pequeno cemitério da família, sem maiores ensejos, mostra que realmente um dos gêmeos está enterrado, vemos o tumulo, para se ter à certeza, todavia, não se deixa ver o nome, apenas sobrenome e a data de nascimento e morte, para ter-se o mistério do contexto da trama.. Num outro panorama, temos a imagem de um dos gêmeos, brincando com Mateus. Alheios a tudo, eles apenas são visto de longe, correndo pelos jardins junto aos cães, num dia feliz.
É aí que está o diferencial desta trama, têm-se duas certezas: há dois protagonistas, um deles morreu, e o outro está vivo, percebe-se isso claramente no primeiro capitulo da trama, mas pelo modo como foi escrita a história não dá pra saber qual é qual; somente com o desenrolar da narrativa.
Então de inicio o leitor (ou telespectador) já tem noção de que uma grande história aconteceu antes de uma tragédia ainda maior, e a partir da entrevista, quando Tássia retorna em suas lembranças há um ano antes, vai-se desenrolando até o final, para se saber qual é o destino de ambos protagonistas.
É uma trama cheia de suspense, ação, drama, e alegrias, com muitos personagens, onde heróis e vilões se misturam, na “eterna luta do bem contra o mal”. Temas como drogas, contrabando, luxo, ostentação, humildade, simplicidade, perdão e o grande valor de uma promessa, são os pontos fortes da narrativa.
O clímax central é a decadência das Transportadoras Leão. Uma forte empresa, onde seus donos viviam cercados de luxo e mordomias; um “amor” não correspondido leva Demétrio a entrar por um caminho sem volta.
Apaixonado pela linda atriz de teatro “la Bella”, ele acaba se tornando obcecado por ela. Isso vira doença, quando o ciúme dele leva o casal e desmanchar o noivado. Ela sufocada com essa obsessão deixa-o para cuidar de si mesma e de sua carreira de estrela teatral.
Fragilizado com a situação, ele cai em tentação, e vira isca fácil para o mau caráter Romero. Esse jovem executivo se esconde sob a face de bom rapaz, sempre atencioso e cordial, mas sua ambição é alta, e através do mundo do contrabando e de outros negócios ilícitos, ele sonha em ganhar dinheiro fácil para ficar milionário.
Vai indo, ele e Demétrio viram grandes amigos, e esse ultimo em saber que esta sendo levado a um abismo se deixa envolver por vícios. Começa então a jogar compulsivamente e consumir drogas (no caso aqui, heroína). E assim, tudo que é ruim, atrai coisa ruim. Ele vem a conhecer Nestor, e ainda inquieto pelo excessivo amor por “la Bella”, se deixa levar, e começa a usar a própria frota da sua empresa para transportar armas da Bolívia para o Brasil.
Assim, enganado a si mesmo, e também enganando a família, começa a se comprometer entrando cada vez mais em “becos sem saídas”.
Em contrapartida ao irmão, temos a personalidade de Dário, que é um homem amoroso e dedicado. Estilo conservador, ele acabou ficando conhecido por isso. Tem tempo para o trabalho e para a família, faz caminhadas com os filhos, passeios, se dedica mesmo à aqueles que ama. Além deste fato, ainda tem um fardo que ele carrega sozinho; no leito de morte do pai, jurou proteger o irmão de qualquer coisa. Isso lhe pesa muito na consciência, quando ele começa a perceber que Demétrio este entrando numa fria, e por mais que tente ajudá-lo nada adianta. Em função do juramento feito, ele jamais se posta contra o irmão irresponsável, fazendo de tudo para protegê-lo, nem que para isso ele acoberte seus erros ou tenha que dar a própria vida.
Esse é a essência, “vista grossa” do irmão que tem a razão ao seu favor, e a loucura devido a obsessão amorosa por parte do outro, até que um leva o outro ao fim. Num desenrolar de teias de armadilhas e tocaias eles vão caminhando ao fim trágico, mas que deixa uma lição na vida de todos os personagens.
Outros personagens, compostos por pessoas de grande importância na trama, tais como Tássia e Guido, que são a outra dupla de protagonistas, além de muito outros, que com certeza vai encantar ou deixar o leitor (ou público) estarrecido.

A Ùltima Festa, uma trama envolvente, que vai prender você até o fim...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Cemitério de Navios - Cacuaco

Esse aí foi um passeio que fiz esse final de semana, muito legal, é um cemitério de Navios, tem tantos, que nem deu pra ver todos... "descobrindo Angola"!










 ...a ultima vez que brinquei em um cemitério de Navios, "foi no quintal da minha casa, e eu era o Peter Pan!"

fazer o bem, sem olhar a quem!

Olá...

Fiquei na duvida se deveria ou não publicar essa mensagem, pois opinões despreparadas poderiam achar que isso é exibicionismo, pois bem, não me interessa..vou compartilhar essa experiência.
No domingo dia 27/09/2009, passei um dia diferente. Trabalho em Angola, desde 2008, e minha vida aqui, muitas vezes segue a mesmice e rotina em que a maioria dos brasileiros esta fadados quando vem pra cá. Na tentativa de quebrar esse ciclo "preguiçoso", a gente inventa e reinventa formas de distração. há algum tempo faço parte de um projeto de voluntariados que se chama HONGA.
HONGA significa "planicie para se plantar, cultivar".. algo do tipo. Essa nossa "ONG", tem por finalidade amparar com auxilio médico, e de entreterimento uma comunidade "miseravel" aqui em Luanda, como tantas que existem por aí. O  mais interessante pra mim, é que quando estou ali no  meio daquelas pessoas, me sinto realmente vivo, e parte fundamental da "diferença" que se pode fazer, por alguém, por vários...
No domingo em questão, a gente proporcionou ao povo do bairro Honga, um "Tarde da Alegria", onde o dia foi preenchido com atividades educacionais e de entreterimento voltados ao publico infatil, porém todos foram contagiados, adultos, adolescentes, idosos... Eu improvisei um "meio palhaço", pra divertir a garotada, e ri muito, algumas crianças ficaram com medo (risos), outras nem queriam sair de perto de mim. O dia, bem, o dia foi simplesmente fantásitco. Levamos pra eles, um cinema móvel, que foi um sucesso, tem gente aqui que nunca viu uma TV, não que isso seja importante, mas é estranho essa perspectiva; tinha brincadeiras de roda, musicas infatis, do tipo "atirei o pau no gato", pular corda, corrida do saco, conscurso de Kuduro, teatro, danças locais, capoeira, futebol e por aí vai. O projeto Honga, se desenrola de forma diferente da maioria dos que vejo por aí. Não trabalhamos com dinehrio nenhum, nem aceitamos doações do tipo, nada de ajuda politica, e muito menos empresarial, Não, o que doamos ali é o nosso tempo, e dedicação e fazer um dia de sorrisos e a ver a esperança brilhar nos olhos de algumas crianças, que por muitas vezes nunca terão a oportundiade de escolha de viver, irão apenas sobreviver. Confesso que ao final do dia, estava exausto, e quando cheguei em casa e coloquei a cabeça no travesseiro, chorei, chorei de emoção, chorei de solidariedade, chorei por mim, e por tantos outros que se preocupam tanto em TER, enquanto eu vi naquele belo domingo, pessoas que memos incoscientemente apenas se preocupam em SER! Não há muito o que falar, poderia escrever um livro de toda essa experiência de vida que estou tendo aquii em Angola, aliais acho que vou escreve um dia...

Na verdade não fui eu que doei meu tempo a essas pessoas, foram elas que doaram suas "Esperanças" pro meu coração!